Trata-se, a meu ver, de percepção ditada pela circunstância de que, sendo o trabalho executado em regime de confinamento, deve o empregado receber, em compensação, algum incremento nos seus ganhos.
É preciso considerar, também, que esse adicional de embarque é conferido a empregados de empresas prestadoras de serviços de apoio às operadoras de plataformas (estas de grande porte), cujos empregados, são mais bem remunerados. Serve, assim, o adicional, para atenuar essa questão do desnível salarial existente.
Há uma demanda muito grande no Brasil por gente bem qualificada tecnicamente para o exercício de determinadas funções, notadamente no setor offshore. Esse aspecto não deve ser desconsiderado e explica, em boa medida, os desníveis salariais e a necessidade da contratação de técnicos estrangeiros.
Até a pedra do chão da minha rua sabe que, em nosso país, a educação PÚBLICA (tal como a saúde PÚBLICA) carece de investimentos.
Dr. Ayres, sou trabalhadora offshore ha 5 anos e posso afirmar que mesmo concordando com o sr. e com a pedra do chao da sua rua, as empresas estrangeiras prestadoras de servico dao preferencia a trabalhadores estrangeiros por puro preconceito, na maioria dos casos. Sem duvida, cargos de chefia sao ocupados por estrangeiros, pois, na maioria das vezes, sao aqueles que ja trabalham na empresa ha no minimo 30 anos e, alem de serem de inteira confianca, possuem conhecimento e experiencia necessarios para o cargo. Mas infelizmente, existem outros cargos, que poderiam ser ocupados por brasileiros e nao sao, por puro e simples preconceito ou, na verdade, porque as empresas nao teriam aonde enfiar tanta mao-de-obra excedente. Aproveito para expressar minha alegria em ter achado esse blog. Eu e meus colegas de trabalho temos sempre muitas duvidas trabalhistas e sem duvida recorrerei ao sr. para esclarece-las. O seu livro sobre esse assunto ja foi lancado?
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